domingo, 29 de junho de 2014

Reflexão sobre o texto: O modelo dos modelos- Ítalo Calvino


Tendemos a olhar primeiro a parte antes de compreender o todo. Também costumamos nos determos na deficiência, antes mesmo de conhecer a pessoa, de saber suas qualidades, potencialidades e capacidades. Não deveria ser assim, mas deveríamos conversar, conhecer e descobrir o que o outro tem a nos oferecer pois todos nós com deficiência ou não podemos contribuir com o crescimento do outro.

Já com relação aos modelos não se enquadram na realidade das pessoas com deficiência e no AEE porque, temos que levar em conta a heterogeneidade. Então a padronização é um equívoco nas relações de aprendizagem de uma forma geral e principalmente com pessoas com deficiência.

O AEE é um espaço por excelência para exercitarmos a paciência pedagógica defendida por Paulo Freire. E a valorização do ser humano único, singular e com uma gama de potencial para aprender e ensinar e assim acontece a construção do conhecimento no ritmo do aluno e em seu tempo que necessariamente não é o do outro.

Segundo o autor para que isto aconteça só nos resta apagar os modelos pré-concebidos e que são excludentes e discriminador e não contribui em nada com o desenvolvimento do aluno no contexto escolar, familiar e social.

 

domingo, 8 de junho de 2014

RECURSOS E ESTRATÉGIAS EM BAIXA TECNOLOGIA PARA APOIAR O ALUNO COM TGD/TEA



   Recursos na Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) são recursos destinados às pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade e/ou escrever (BERSCH & SCHIRMER, 2005).
Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para falar de  toda uma gama  de Recursos e Serviços que favorecem  proporcionam ou ampliam, habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, promove Vida Autônoma  e contribui com o Processo de Inclusão.
   Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência.
   Recursos podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.
    Os recursos devem ser selecionados de forma personalizada e levar em consideração várias características que atendam às necessidades deste tipo de pessoa. Podendo ser utilizado em todo ambiente escolar e familiar, facilitando assim a compreensão e a aproximação dos mesmos na utilização posterior deste recurso. Devendo ser confeccionado pelo professor do Atendimento Educacional Especializado - AEE em parceria com o professor da escola comum, com a família e com outros profissionais, que atuam conjuntamente com o aluno.
     Cabe ao  professor do AEE observar a atuação em CAA, verificando a evolução e sua intervenção junto ao aluno e no contexto escolar para intervir no que não estar atendendo as necessidades do aluno e propor modificações.
     A seleção dos  recursos  a seguir são para crianças de 5 a 12 anos com TGD/TEA, ele  podem ser   utilizados em sala de aula regular, na própria casa do aluno, sala de recursos multifuncionais e demais espaços onde o aluno convive diariamente.

·         Exemplo de recursos de comunicação:
·         Cartões de comunicação
·         Pranchas de comunicação
·         Pastas de comunicação
·         Carteiras de comunicação e chaveiros de comunicação
·         Mesa com prancha
·         Colete de comunicação
·         Agenda de comunicação
·         Calendário e quadro de atividades
·         Entre outros.

               RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA:





Descrição de imagem:
·           Cartões de Comunicação - A imagem apresenta vários cartões de comunicação com símbolos gráficos representativos de mensagens. Os cartões estão organizados por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente.





Descrição de imagem:

·                Pranchas de comunicação  -As pranchas de comunicação podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário.
Essas pranchas podem estar soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar, apontar ou ter a informação apontada pelo parceiro de comunicação dependendo de sua condição motora.




REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • SARTORETTO, Maria Lúcia. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão: recursos pedagógicos acessíveis e comunicação aumentativa e alternativa. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. 
  • http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html Acessado em 15 de maio de 2014 as 16:00h. 
  • https://www.google.com.br/search?q=tecnologia+assistiva+Avental&hl=pt. Acessado em 16 de maio de 2014 as 16:40h 









segunda-feira, 21 de abril de 2014

INFORMATIVO - SURDOCEGUEIRA E DMU


NOME DO CURSISTA:  Ângela Maria Cavalcante Souto

 

 INFORMATIVO - SURDOCEGUEIRA E DMU

 

•        No que se diferenciam a surdocegueira e a DMU.

 a) Surdocegueira congênita: quando a criança nasce Surdocega ou adquire a surdocegueira nos primeiros anos de vida antes da aquisição de uma língua (português ou Libras – Língua Brasileira de Sinais). Um exemplo mais freqüente destes casos é a criança com seqüelas da síndrome da rubéola congênita.

b) Surdocegueira adquirida: quando a pessoa ficou surdocega após a aquisição de uma língua, seja oral ou sinalizada. Os exemplos mais freqüentes deste grupo são pessoas com Síndrome de Usher. a) Surdocegueira congênita: quando a criança nasce Surdocega ou adquire a surdocegueira nos primeiros anos de vida antes da aquisição de uma língua (português ou Libras – Língua Brasileira de Sinais).

          Pessoas nascidas com audição e visão normal e que adquiriram perdas totais ou parciais de visão e audição.

          Pessoas com perda auditiva ou surdas congênitas com deficiência visual adquirida.

          Pessoas com perda visual ou cegas congênitas com deficiência auditiva adquirida.

Deficiência Múltipla

 

No Brasil a deficiência múltipla é considerada como uma associação de duas deficiências ou mais. Na América Latina, América do Norte, Europa, Ásia e Oceania a Deficiência Múltipla só é considerada se há nas associações das Deficiências a Deficiência Intelectual.

Como pode ocorrer a Deficiência Múltipla no Brasil:

 

Física e Psíquica

          Deficiência física associada à Deficiência Intelectual.

          Deficiência Física associada a Transtornos Globais do Desenvolvimento.

 

Sensorial e Psíquica

          Deficiência Auditiva/Surdez associada à Deficiência Intelectual.

          Deficiência Visual associada à Deficiência Intelectual.

          Deficiência Auditiva/Surdez associada a Transtornos Globais do Desenvolvimento.

          Deficiência Visual associada a Transtornos Globais do Desenvolvimento.

 

Sensorial e Física

          Deficiência Auditiva/Surdez associada à Deficiência Física.

          Deficiência Auditiva/Surdez associada à Paralisia Cerebral.

          Deficiência Visual (cegueira ou baixa visão) associada à Deficiência Física.

          Deficiência Visual (cegueira ou baixa visão) associada à Paralisia Cerebral.

Física, Psíquica e Sensorial

          Deficiência física associada à deficiência visual (cegueira ou baixa visão) e a Deficiência Intelectual.

          Deficiência física associada à Deficiência Auditiva/Surdez e a Deficiência Intelectual.

          Deficiência visual (Cegueira e ou baixa visão), paralisia cerebral e Deficiência Intelectual.

Aspectos Importantes sobre Comunicação com pessoas com Surdocegueira e com Deficiência Múltipla

 

Para as pessoas com surdocegueira e/ou com deficiência múltipla dividimos a comunicação em Receptiva e Expressiva, para favorecer a eficiência da transmissão e interpretação.

A comunicação receptiva ocorre quando alguém recebe e processa a informação dada por meio de uma fonte e forma (escrita, fala, Libras.

sábado, 22 de março de 2014

EDUCAÇÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM SURDEZ – ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO EM CONSTRUÇÃO


Cursista: Ângela Maria Cavalcante Souto

 Polo: Boa Vista-RR

 
A surdez durante muito tempo tem sido tema muito discutido entre os gestualistas e oralistas, visto que, as pessoas com surdez não eram vistas como seres humanos, por falta do uso da linguagem oral que era o normal da de todas as pessoas durante muitos anos essas discussões geraram desconforto e atraso para as pessoas com surdez era sua linguagem, do que seria mais adequado ensinar a essas pessoas, gestos ou oralidade e com isso a pessoa com surdez deixava de desenvolver seu potencial individual e coletivo, deixando de exercer sua verdadeira identidade para praticar a linguagem da comunidade ouvinte da qual fazia parte. Entretanto, a Política Nacional de Educação Especial, numa perspectiva inclusiva veio para quebrar esses paradigmas que separam pessoas com ou sem deficiência, pois acreditamos n nessa nova política quando afirma que:

 Não coadunamos com essas concepções que dicotomizam as pessoas com ou sem deficiência, pois, antes de tudo, por mais diferentes que nós humanos sejamos, sempre nos igualamos na convivência, na experiência, nas relações, por sermos humanos. Mirlene e Josimário Ferreira (2010).
   O que se espera é que a pessoa com surdez tenha pleno desenvolvimento cognitivo no bilinguismo, e que para isso não.
   Seja vista como estrangeira em seu próprio país, apesar de muitos estudos e discussões, há muito ainda o que fazer nesse campo de conhecimento. É importante lembrar que, a educação especial na perspectiva inclusiva rompe fronteiras, território, quebra preconceitos e procurar dar inúmeras possibilidades sociais, afetivas e educacionais, a pessoa com surdez. Ressaltamos que mais importante que uma língua para pessoas com surdez é estar em ambientes educacionais estimuladores, desafiadores que possibilitem o exercício do pensamento e o desenvolvimento de sua capacidade perceptivo-cognitiva.

                       Atendimento Educacional Especializado para pessoas com surdez
O Atendimento Educacional Especializado, na perspectiva inclusiva deve ver a pessoa com surdez, como um ser capaz com potencialidades e capacidades, acreditando em seu pleno desenvolvimento de aprendizagem e respeitando suas diferenças e garantias legais, que determinam o direito a uma educação bilíngue. Como afirma Kozlowski (1998).
  A Proposta Bilíngue não privilegia uma língua, mas possibilita ao indivíduo surdo à utilização de duas línguas; portanto, não se trata de negação, mas de respeito; o indivíduo escolherá a língua que irá utilizar em cada situação no seu cotidiano e espaço em que se encontrar. Esta proposta leva em consideração as características dos próprios surdos, incluindo a opinião dos surdos adultos com relação ao processo educacional da criança surda.
  O Atendimento Educacional Especializado está dividido em três momentos pedagógicos e deve ocorrer para atender o aluno com surdez levando-o a participar das atividades realizadas em sala de aula e fora dela, dando liberdade de escolha para o estudante usar a língua de acordo com a necessidade.
  O Atendimento Educacional Especializado para o ensino em Libras: ocorre no horário oposto da aula da sala comum, o professor deve ministrar as aulas de acordo com o plano do professor da sala de aula comum e com antecedência para que o aluno possa acompanhar o conteúdo explicado pelo professor. As aulas devem ser ministradas coma utilização de recursos visuais variados e em casos abstratos recorrer a outros recursos, como teatro.
  O Atendimento Educacional Especializado para o ensino de Libras: este ensino deve ocorrer no horário oposto ao que o aluno estuda e de acordo com o conhecimento que o mesmo possui a respeito da língua de sinais e ministrado preferencialmente por professor com surdez, pois oferece ao aluno com surdez melhores possibilidades do que o professor ouvinte, pois esse contato favorece a naturalidade no processo de aquisição da língua. É importante o uso de recursos visuais que visem maior compreensão do conteúdo. O professor do AEE deve realizar a avaliação processual do aprendizado do aluno para verificar o desenvolvimento e a aprendizagem dessa língua.
  O Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa, depois de muitas discussões polêmicas hoje é direito do aluno com surdez aprender a língua portuguesa como segunda língua, pois prepara o aluno com surdez não apenas ler a própria realidade do mundo, mas falar do outro sentido. Esse atendimento acontece nas salas multifuncionais e em horário diferente ao da sala de aula comum e ministrado preferencialmente por uma professora formada em Letras com conhecimentos linguísticos e teóricos que norteiam o trabalho desse ensino.
 Enfim a Escola e o sistema educacional devem proporcionar todas as condições para o pleno desenvolvimento da pessoa com surdez nos aspectos cognitivos, sócio afetivo e profissional já que são cidadãos de direitos e que possuem tão somente uma limitação na audição e consequentemente na linguagem e que, portanto tem todo um potencial a ser desenvolvido.
O AEE fará toda diferença na vida da pessoa com surdez, se for realizado de forma correta e por profissionais compromissados e com formação adequada para este fim.